Até que ponto estamos dispostos a lutar pelos nossos sonhos?
Até que ponto vale a pena arriscar por eles? Sonhos sem garantias? Apenas sonhos...
Somos cobardes. Somos frágeis. Somos hipócritas.
Quantas vezes já dissemos aos nossos amigos para arriscar, e não conseguimos seguir os nossos próprios conselhos? Somos hipócritas.
Quantos de nós chega à meia idade a dizer "se eu pudesse não tinha escolhido isto...".
Arrependimentos... Desilusões...
Oh, crystal ball, crystal ball save us all, tell me life is beautiful...
Não há bolas de cristal. não há destino. Há o Eu, o Agora, o Futuro.
Mas a verdade é que não somos perfeitos. Podemos errar.
Mas só os lutadores recomeçam.
Mas só os verdadeiros não têm de recomeçar.
"Alguns têm na vida um grande sonho e faltam a esse sonho. Outros não têm na vida nenhum sonho, e faltam a esse também."
"Saber não ter ilusões é absolutamente necessário para se poder ter sonhos."
sábado, 27 de junho de 2009
terça-feira, 23 de junho de 2009
" (...) E agora, porque tudo o que me cabe é imenso, presenteia-me com esta dor sem nome que não consigo carregar sozinho.
Vem ajudar-me.
Dissimula-te na sombra, condensa-te na chuva, adensa-te na névoa, dissipa-te na espuma, orquestra-te nas vagas, espirala-te no fumo, sacraliza-te no amanhecer, despedaça-te no canto tristíssimo do rouxinol.
E à hora d'alba, quando me vires dormindo, sofoca-me, mata-me, salva-me."
Vem ajudar-me.
Dissimula-te na sombra, condensa-te na chuva, adensa-te na névoa, dissipa-te na espuma, orquestra-te nas vagas, espirala-te no fumo, sacraliza-te no amanhecer, despedaça-te no canto tristíssimo do rouxinol.
E à hora d'alba, quando me vires dormindo, sofoca-me, mata-me, salva-me."
quarta-feira, 10 de junho de 2009
"Procura cada qual, por seu próprio caminho, a graça, seja ela o que for, uma simples paisagem com algum céu por cima, uma hora do dia ou da noite, duas árvores, três se forem as de Rembrandt, um murmúrio, sem sabermos se com isto se fecha o caminho ou finalmente se abre, e para onde, para outra paisagem ou hora, ou árvore, ou murmúrio(...)"
Reflexo
O espelho reflecte a minha imagem, mas por detrás dela vejo-me, e vejo muito mais.
Vejo passado. Está lá o antes. Como posso gostar disso?
O reflexo pode estar bem, mas por baixo estão muitos anos de desagrado. Tempos difíceis, tempos parvos. E vejo erros.
Vejo muito bem agora... olhando para trás.
Mas agora tenho de procurar nesse reflexo o meu Eu do futuro.
O futuro é agora, e é isso que tenho de encontrar.
Vejo passado. Está lá o antes. Como posso gostar disso?
O reflexo pode estar bem, mas por baixo estão muitos anos de desagrado. Tempos difíceis, tempos parvos. E vejo erros.
Vejo muito bem agora... olhando para trás.
Mas agora tenho de procurar nesse reflexo o meu Eu do futuro.
O futuro é agora, e é isso que tenho de encontrar.
terça-feira, 9 de junho de 2009
Primavera
Tudo parece diferente. Estarei mudada, também eu estarei diferente.
As magnólias não cheiraram ao mesmo, não floriram da mesma maneira. O Março da primavera não teve o mesmo perfume… talvez nem o Março tivesse a mesma primavera… O sol não bateu na minha pele do mesmo modo, nem o vento me arrefeceu como de antes.
Mas então Junho. Não o sol ardente, mas a chuva. Foi diferente… foi como nunca. O ar frio, o ar da meia-noite e da chuva que caía, queimou os meus braços nus e os meus pés descalços no mosaico gelado. E pude então cheirar a primavera. Não a mesma que vinha com o Março, nem a que trazia o aroma das rosas adocicadas pelo sol. A primavera nova que cheira a pinheiros e a terra molhada.
Esta é a primavera da melancolia. A melancolia que me abraça o coração. A que exige novos rumos e que ainda assim dá um ar temível a novos caminhos.
A primavera vai passar talvez… Mas os pinheiros ficam e as flores das magnólias já caíram.
As magnólias não cheiraram ao mesmo, não floriram da mesma maneira. O Março da primavera não teve o mesmo perfume… talvez nem o Março tivesse a mesma primavera… O sol não bateu na minha pele do mesmo modo, nem o vento me arrefeceu como de antes.
Mas então Junho. Não o sol ardente, mas a chuva. Foi diferente… foi como nunca. O ar frio, o ar da meia-noite e da chuva que caía, queimou os meus braços nus e os meus pés descalços no mosaico gelado. E pude então cheirar a primavera. Não a mesma que vinha com o Março, nem a que trazia o aroma das rosas adocicadas pelo sol. A primavera nova que cheira a pinheiros e a terra molhada.
Esta é a primavera da melancolia. A melancolia que me abraça o coração. A que exige novos rumos e que ainda assim dá um ar temível a novos caminhos.
A primavera vai passar talvez… Mas os pinheiros ficam e as flores das magnólias já caíram.
domingo, 7 de junho de 2009
"O mal todo do romantismo é a confusão entre o que nos é preciso e o que desejamos. Todos nós precisamos das coisas indispensáveis à vida, à sua conservação e ao seu continuamento; todos nós desejamos uma vida mais perfeita, uma felicidade completa, a realidade dos nossos sonhos e É humano querer o que nos é preciso, e é humano desejar o que não nos é preciso, mas é para nós desejável. O que é doença é desejar com igual intensidade o que é preciso e o que é desejável, e sofrer por não ser perfeito como se se sofresse por não ter pão. O mal romântico é este: é querer a lua como se houvesse maneira de a obter."
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